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2012 - Livro Vermelho 2013

Centrosema carajasense Cavalcante VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 29-05-2012

Criterio: D2

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie ocorre nos Estados do Pará e Mato Grosso. Está sujeita a duas situações de ameaça, considerando a ocorrência na Serra dos Carajás, exclusivamente em vegetação de Cangas, que é severamente explorada pela mineração, e no Mato Grosso, onde a expansão agrícola vêm reduzindo rapidamente o hábitat da espécie. Portanto, C. carajasense foi considerada "Vulnerável" (VU), porém, estudos mais aprofundados poderão indicar ocorrência restrita e transferi-la para uma categoria de risco mais alta, caso as ameaças não sejam controladas.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Centrosema carajasense Cavalcante;

Família: Fabaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie é popularmente conhecida como "feijão-bravo", assim como todas as espécies deste gênero (Cavalcante, 1970).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente na Região Norte, com registros confirmados no Pará e Mato Grosso (Souza, 2012).

Ecologia

Liana, caule volúvel, unifoliolada. Flores de coloração rosa-claro com estrias púrpuras (Cavalcante, 1970).

Ameaças

1.3.1 Mining
Severidade high
Detalhes A localidade-tipo da espécie está atualmente em uma das regiões mais exploradas pelas mineradoras no Brasil, a Serra dos Carajás, e foi, portanto, considerada prioritária para a conservação e o desenvolvimento de pesquisa científica pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2002).

3.3.2 Sub-national/national trade
Severidade very high
Detalhes Com o desenvolvimento das atividades de mineração do Projeto Grande Carajás, que ocupa atualmente 900 mil km² (ca. 10% do território brasileiro), houve uma concomitante ocupação agropecuária. Tal atividade teria assumido um caráter verdadeiramente predatório, em grande parte devido às atividades de extração de madeiras associadas à produção de carvão vegetal para as siderúrgicas de ferro-gusa. Foi estimado que a exportação acumulada de ferro-gusa até 2005, tenha provocado um desmatamento ilegal superior a 800 mil hectares de floresta densa (Reis, 2001).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU) segundo a Lista vermelha da flora do Pará (COEMA-PA, 2007).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de Dados" (DD) segundo a Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

Referências

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- SOUZA, V.C. Centrosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB079016>.

- CAVALCANTE, P.B. Centrosema carajense, uma nova Leguminosae da Amazônia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, n. 37, p. 1-4, 1970.

- REIS, E. J. Os impactos do pólo siderúrgico de Carajás no desflorestamento da Amazônia brasileira. Parcerias Estratégicas, v. 12, p. 276-293, 2001.

- COEMA - CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, PARÁ. Instrução Normativa n. 02/2010, Diário Oficial do Estado do Pará, 2010.

Como citar

CNCFlora. Centrosema carajasense in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Centrosema carajasense>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 29/05/2012 - 20:05:33